Ana Rebelo
Educação Especial e Reabilitação
Avaliação/Intervenção Psicoeducacional - Apoio Psicopedagógico
Psicomotricidade
Defino-me como uma pessoa entusiasta e criativa, cuja paixão pela educação se tem refletido na carreira profissional. Com mais de 20 anos de experiência dedicados ao ensino de crianças e jovens adultos com necessidades educativas especiais, o meu percurso revela que estou sempre disposta a aceitar novos desafios com o máximo de criatividade. As minhas principais áreas de interesse são relacionadas com as sinergias existentes entre a arte/drama/movimento/música e o progresso escolar assim como o desenvolvimento social e emocional da criança, jovem, adulto e idoso.
Licenciatura em Educação Especial e Reabilitação – Universidade Técnica de Lisboa; Mestrado em Ciências da Linguagem, especialização em Psicolinguística – Universidade Nova de Lisboa; Professional Graduate Certificate in Education – Greenwich University (Londres, Reino Unido); Qualified Teacher Learning and Skills - Society for Education and Training (Londres, Reino Unido).
Especialização em Dança, Movimento e Terapia; Sherborne Developmental Movement; Story Massage; TacPac - Communication Through Touch and Music e Teatro para Professores. Professora Especialista na área de Formação de Professores, Ciências da Educação e na área de Formação de Professores do Ensino Básico.
Membro da Society for Education and Training – Education and Training Foundation, London, UK.
Escola & Educação Inclusiva
Quando me convidaram para escrever sobre Educação Inclusiva lembrei-me automaticamente desta frase: “Diversidade é convidar para a festa, Inclusão é chamar para dançar”. De facto, a escola deve abrir as suas portas a todos os alunos, mas será que “os chamamos para dançar”? Será que praticamos a verdadeira inclusão e os integramos em todos os processos de ensino-aprendizagem ou só abrimos a porta para os deixar entrar na festa?
Parece-me interessante refletirmos sobre isto e pensarmos em conjunto como é a nossa escola e que tipo de profissional somos. Isto porque a escola é feita de pessoas. A escola somos todos e cada um de nós, e cada um tem o seu papel na verdadeira inclusão de todos.
Quantas vezes olhamos de lado? Quantas vezes nos deparamos com a diferença, e com a nossa própria indiferença, caminhamos? Quantas vezes fomos capazes de chamar para dançar?
A Educação Inclusiva conheceu o seu ponto de viragem a partir da introdução do decreto-lei 54/2018, altura em que acontece a introdução clara do conceito de Equidade tantas vezes confundido com Igualdade. Importa aqui destrinçar estas definições. Igualdade é dar às pessoas as mesmas oportunidades enquanto Equidade é adaptar as oportunidades deixando-as justas. É fundamentalmente no conceito de Equidade que este decreto-lei assenta. É preciso adaptar as oportunidades, diferenciarmos metodologias, criar estratégias, adaptar planos de aula e testes, reinventar opções, atrevo-me mesmo a dizer, assumirmos uma nova atitude e um novo olhar perante esta nova escola.
Muitas vezes está em nós esta resistência à mudança. Este não acreditar que se consiga dançar a mesma música, mas de forma diferente.
Porque tal como numa orquestra, todos precisam não só de saber tocar o seu instrumento, mas precisam de o saber tocar em conjunto para que a melodia soe afinada, na escola, e nesta nova escola que se quer inclusiva, todos temos um papel importante a desempenhar. Não é só o trabalho da professora de ensino especial, ou da Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva, ou dos Professores e Diretores de Turma que têm crianças e/ou jovens com necessidades educativas especiais. Numa escola inclusiva, todos os profissionais que lhe dão vida, podem e devem receber quem chega de braços abertos e acreditar que todos podem dançar, cada um como sabe e sente a música, basta criar as condições para que a coreografia possa existir.
Esta nova escola, que é também casa, colo e asas, abre assim o caminho para uma sociedade mais justa, solidária e inclusiva.